O que fazer para calar a sua vontade e atender a necessidade do seu próximo? Como se despir de suas próprias necessidades, vontade e desejos para não causar danos ou evitar um possível prejuízo a outrem?
A Parábola do Samaritano
Mestre, que preciso fazer para possuir a vida eterna? Amarás o Senhor de todo o coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espírito, e a teu próximo como a ti mesmo. Mas, quem é o meu próximo? - Jesus, lhe diz:
Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. Aconteceu em seguida, que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante. Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante. Mas, um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão. Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.
Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões? O homem respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe Jesus: Então vai, e faze o mesmo.
(S. Lucas, cap.X)
Jesus em seu tempo, usou de palavras e exemplos para uma época que todos fossem capazes de compreender o verdadeiro sentido das questões espirituais para melhor apreenderem o que dizia, reservando ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras.
Resumidamente, em nossa época de hoje, seria servir o vosso próximo, auxiliá-lo em sua necessidade, despir-se de si mesmo para vestir o outro, negar a si um desejo que possa causar prejuízo ao outro ou que o único beneficiado seja você.
Toda moral humana resume-se na caridade e humildade para com o próximo, sejamos humildes, brandos e pacíficos, puros de coração, misericordiosos. Que possamos amar ao vosso próximo e àqueles que vos dizem nossos inimigos, que possamos praticar todo o bem necessário sem ostentação, e antes de julgarmos o outro, possamos ser unicamente juízes de vós mesmos, condições estas absoluta para felicidade futura.
" porquanto tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes; estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver... todas as vezes que isso fizestes a um destes irmãos, foi a mim que o fizestes"